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Bósnia e Herzegovina: a Semana Mundo Unido do Gen Rosso

 
17 junho 2022   |   , ,
 

De 4 a 8 de maio, no meio da Semana Mundo Unido, o grupo musical internacional Gen Rosso retornou à Bósnia e Herzegovina, para encontrar as pessoas conhecidas em outubro de 2021 e dar início à segunda fase do projeto dedicado aos migrantes que escolhem a chamada “Rota dos Balcãs”.  Eis a nossa história durante a semana em que é comemorado o Dia Internacional do Refugiado.

«Foi como voltar a lugares familiares – conta Michele Sole, voz italiana do Gen Rosso –, mas desta vez chegamos ao maior campo de refugiados de Lipa, no cantão de Una Sana, no Noroeste da Bósnia e Herzegovina.»

Vamos dar um passo atrás. A aventura do grupo musical internacional Gen Rosso na Bósnia e Herzegovina começou em outubro de 2021, quando, graças à colaboração com o Jesuit Refugee Service (Serviço Jesuíta de Refugiados), os membros do grupo puderam visitar os refugiados que estavam hospedados do centro de acolhimento para famílias em Borići, na fronteira com a Croácia, e também realizar com eles algumas oficinas de música e dança. Acima de tudo, tiveram a oportunidade de expressar a essas famílias sua proximidade e participação, unindo suas vozes às daqueles que buscam chamar a atenção da Europa para a desumanidade das condições de vida às quais os migrantes da Rota dos Balcãs são forçados.

De 4 a 8 de maio de 2022, os artistas ainda tiveram a oportunidade de se encontrar com os refugiados, conhecer suas histórias, acolher seus desabafos, suas esperanças. Michele Sole lembra: «Um menino que veio do Paquistão nos confidenciou: “Vocês nos dão energia para seguir em frente…  Não queremos parar de viver. Temos tantos problemas na cabeça, mas com vocês, com as atividades que nos propõem, nós nos sentimos impelidos a ir em frente, ficamos mais motivados em viver“».

O principal objetivo da viagem, mais uma vez, foi doar esperança e calor mediante a música e a dança: «Também tínhamos planejado um grande show em streaming, mas devido às sérias dificuldades técnicas relacionadas à infraestrutura do território não conseguimos transmitir o espetáculo».

Apesar desse infortúnio, o Gen Rosso pôde realizar não um, mas dois shows ao vivo, com participação presencial, em uma escola em Bihać: o Instituto Escolar “João Paulo II”. As duas apresentações foram precedidas por oficinas de dança e canto, o que permitiu que alguns alunos do Instituto atuassem no espetáculo.  Durante os shows, havia também no meio do público alguns migrantes do Paquistão, Afeganistão e Irã.  «Foi nossa maneira de tentar integrar todos, fazer com que essas pessoas experimentassem o quanto é importante o dom do compartilhamento fraterno com essa porção de humanidade sofrida», acrescentou Michele Sole.

Foram muitas as impressões que as pessoas presentes compartilharam. Aqui estão algumas delas:

Eu não sei o que aconteceu comigo hoje de manhã, mas eu senti que as canções de vocês, que a música de vocês entrou em mim.  Eu me senti comovida e sortuda por estar aqui. Disse a mim mesma que gostaria de partir com o Gen Rosso, ser o Gen Rosso.  (Uma mulher muçulmana)

Muito obrigado, muito obrigado pela paixão e pela esperança que vocês nos doaram, as músicas são lindas. Agradeço vocês e a banda toda.  (Um garoto afegão)

Queridos membros do Gen Rosso, obrigado do fundo do nosso coração por embelezar nossas vidas com sua presença entre nós. Vocês irradiam tanta bondade e felicidade que são facilmente transmitidas a todos. O show foi muito especial. Esperamos sinceramente nos encontrarmos de novo. Foi uma grande honra e um prazer para nós recebê-los em nossa escola.  (Funcionários e alunos da Escola “João Paulo II” em Bihać)

O Gen Rosso retornará à Bósnia no final de julho e nessa turnê irá também a Sarajevo.


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